Calculadora de Imposto de Renda 2025
Calcule quanto você paga de Imposto de Renda mensal e anual com a tabela atualizada de 2025. Descubra sua alíquota efetiva, deduções e salário líquido de forma rápida e precisa.
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Calcule Seu Imposto de Renda
Ex: pensão alimentícia, previdência privada (PGBL), etc.
Entenda o Imposto de Renda no Brasil
O Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) é um tributo federal cobrado sobre os rendimentos de trabalhadores brasileiros. Ele é calculado mensalmente na fonte (quando você recebe seu salário) e depois ajustado na declaração anual do Imposto de Renda, que deve ser entregue entre março e abril de cada ano.
O sistema brasileiro utiliza uma tabela progressiva, o que significa que quanto maior sua renda, maior a alíquota (percentual) de imposto que você paga. Porém, é importante entender que você não paga a alíquota máxima sobre todo seu salário - cada faixa de renda é tributada de forma diferente, tornando o cálculo mais complexo do que parece à primeira vista.
Por exemplo, se você ganha R$ 5.000 por mês, não significa que pagará 27,5% (alíquota máxima) sobre todo esse valor. Na verdade, você pagará 0% sobre a primeira faixa (até R$ 2.259,20), 7,5% sobre a segunda faixa, 15% sobre a terceira, e assim por diante. Isso resulta em uma alíquota efetiva muito menor que a alíquota nominal da sua faixa.
Além disso, existem deduções legais que reduzem a base de cálculo do imposto, como a contribuição ao INSS, dependentes, despesas com educação e saúde, e pensão alimentícia. Nossa calculadora considera automaticamente a dedução do INSS e permite que você informe o número de dependentes para um cálculo mais preciso.
Compreender como funciona o Imposto de Renda é fundamental para o planejamento financeiro pessoal. Saber exatamente quanto você paga de imposto ajuda a entender melhor sua renda líquida real e a tomar decisões mais informadas sobre investimentos, gastos e economia. Além disso, conhecer as deduções disponíveis pode resultar em economia significativa de impostos de forma totalmente legal.
Tabela do Imposto de Renda 2025
A tabela do Imposto de Renda é atualizada periodicamente pelo governo federal, geralmente para corrigir os valores pela inflação. Em 2025, a tabela progressiva do IR está estruturada da seguinte forma:
| Base de Cálculo (R$) | Alíquota | Parcela a Deduzir (R$) |
|---|---|---|
| Até 2.259,20 | Isento | - |
| De 2.259,21 até 2.826,65 | 7,5% | 169,44 |
| De 2.826,66 até 3.751,05 | 15% | 381,44 |
| De 3.751,06 até 4.664,68 | 22,5% | 662,77 |
| Acima de 4.664,68 | 27,5% | 896,00 |
É importante notar que a "parcela a deduzir" é um valor fixo que simplifica o cálculo progressivo. Em vez de calcular o imposto faixa por faixa, você pode simplesmente multiplicar sua base de cálculo pela alíquota correspondente e subtrair a parcela a deduzir. O resultado é o mesmo, mas o cálculo fica muito mais rápido.
Por exemplo, se sua base de cálculo (salário bruto menos INSS e dependentes) é de R$ 5.000, você se enquadra na última faixa (27,5%). O cálculo seria: (R$ 5.000 × 27,5%) - R$ 896,00 = R$ 1.375,00 - R$ 896,00 = R$ 479,00 de imposto mensal.
Vale ressaltar que essa tabela é aplicada mensalmente na fonte (quando você recebe seu salário) e também serve de base para a declaração anual do Imposto de Renda. Na declaração anual, você pode incluir outras deduções legais (como despesas médicas e com educação) que não são consideradas no desconto mensal, o que pode resultar em restituição de imposto pago a mais.
Historicamente, a tabela do IR não tem sido corrigida na mesma proporção da inflação, o que resulta em um fenômeno chamado "imposto inflacionário" - mesmo sem aumento real de renda, as pessoas acabam pagando mais imposto ao longo do tempo. Por isso, é importante acompanhar as atualizações da tabela e entender como elas afetam seu bolso.
Como Usar a Calculadora
1. Salário Bruto Mensal
Informe seu salário bruto mensal, ou seja, o valor total antes de qualquer desconto. Este é o valor que consta no seu contrato de trabalho. Se você tem rendimentos variáveis (como comissões ou horas extras), use uma média dos últimos meses para ter uma estimativa mais precisa. Para profissionais autônomos ou empresários, considere o pró-labore ou a retirada mensal média.
2. Número de Dependentes
Digite quantos dependentes você tem para fins de Imposto de Renda. Podem ser considerados dependentes: filhos ou enteados até 21 anos (ou até 24 anos se estiverem cursando ensino superior ou técnico), cônjuge ou companheiro sem rendimentos ou com rendimentos baixos, pais, avós ou bisavós que recebam rendimentos baixos, entre outros. Cada dependente gera uma dedução de R$ 189,59 por mês (valor de 2025) da base de cálculo do imposto.
3. Outras Deduções Mensais (Opcional)
Se você tem outras deduções mensais além do INSS e dependentes, pode informá-las aqui. Exemplos incluem: pensão alimentícia judicial (dedutível integralmente), contribuição à previdência privada (PGBL, limitado a 12% da renda bruta), e contribuição patronal paga pelo empregador doméstico. Note que despesas médicas e com educação só podem ser deduzidas na declaração anual, não no cálculo mensal.
4. Interpretando os Resultados
A calculadora mostrará diversos valores importantes: o desconto do INSS (que varia de 7,5% a 14% conforme sua faixa salarial, com teto de contribuição), o valor do Imposto de Renda mensal, sua alíquota efetiva (percentual real de imposto sobre seu salário bruto), e seu salário líquido (quanto efetivamente cai na sua conta). Também mostramos as projeções anuais, que são úteis para planejamento financeiro de longo prazo.
5. Alíquota Efetiva vs Alíquota Nominal
Um conceito importante é a diferença entre alíquota efetiva e nominal. A alíquota nominal é a da sua faixa de renda (por exemplo, 27,5% se você ganha acima de R$ 4.664,68). Já a alíquota efetiva é o percentual real de imposto que você paga sobre todo seu salário bruto. Devido ao sistema progressivo e às deduções, a alíquota efetiva é sempre menor que a nominal. Por exemplo, alguém na faixa de 27,5% pode ter uma alíquota efetiva de apenas 12-15%.
Estratégias Legais Para Reduzir o Imposto de Renda
Previdência Privada (PGBL)
Uma das formas mais eficientes de reduzir o Imposto de Renda é investir em um plano de previdência privada do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Você pode deduzir até 12% da sua renda bruta anual das contribuições ao PGBL, o que pode resultar em economia significativa de impostos. Por exemplo, se você ganha R$ 10.000 por mês (R$ 120.000 por ano) e contribui com R$ 1.000 mensais para um PGBL (R$ 12.000 por ano), você reduz sua base de cálculo em R$ 12.000, economizando até R$ 3.300 em impostos (considerando a alíquota de 27,5%).
É importante notar que essa dedução só vale para quem faz a declaração completa do IR. Além disso, o imposto não é eliminado, apenas postergado - você pagará IR quando resgatar o dinheiro na aposentadoria, mas provavelmente em uma alíquota menor. Instituições como o BTG Pactual oferecem excelentes opções de previdência privada com taxas competitivas e assessoria especializada para escolher o melhor plano para seu perfil.
Despesas Médicas e com Educação
Despesas médicas não têm limite de dedução - você pode deduzir 100% dos gastos com consultas, exames, internações, planos de saúde, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde. Já as despesas com educação têm um limite anual por pessoa (em 2025, o limite é de aproximadamente R$ 3.561,50 por dependente). Podem ser deduzidas mensalidades de educação infantil, ensino fundamental, médio, técnico e superior, mas não cursos de idiomas, preparatórios ou pós-graduação lato sensu.
Para aproveitar essas deduções, é fundamental guardar todos os recibos e comprovantes durante o ano. Organize-os em pastas físicas ou digitais, separados por categoria (saúde, educação, etc.). Muitas pessoas deixam de deduzir despesas simplesmente por não terem guardado os comprovantes. Lembre-se: essas deduções só valem na declaração anual, não no desconto mensal do salário.
Pensão Alimentícia Judicial
Se você paga pensão alimentícia determinada judicialmente, pode deduzir 100% desse valor da base de cálculo do Imposto de Renda, tanto no desconto mensal quanto na declaração anual. Isso vale apenas para pensão determinada por decisão judicial ou acordo homologado judicialmente - pensões pagas voluntariamente ou por acordo extrajudicial não são dedutíveis.
É importante ter toda a documentação em ordem: cópia da decisão judicial, comprovantes de pagamento (transferências bancárias, depósitos identificados) e, se aplicável, comprovante de desconto em folha de pagamento. A pensão alimentícia é tributável para quem recebe, então o valor deduzido por quem paga é tributado na declaração de quem recebe.
Livro Caixa Para Autônomos
Profissionais autônomos e liberais (médicos, advogados, dentistas, engenheiros, etc.) podem deduzir despesas necessárias à sua atividade profissional através do livro caixa. Podem ser deduzidos gastos como aluguel do consultório, salários de funcionários, material de escritório, telefone, internet, água, luz, IPTU, condomínio (proporcionalmente ao uso profissional), depreciação de equipamentos, entre outros.
Para isso, é necessário manter um livro caixa atualizado, registrando todas as receitas e despesas profissionais mês a mês, com os respectivos comprovantes. Essa é uma área complexa da legislação tributária, e é altamente recomendável contar com o auxílio de um contador especializado para garantir que você está aproveitando todas as deduções possíveis de forma correta e legal.
Doações Incentivadas
Você pode destinar até 6% do seu Imposto de Renda devido para projetos sociais aprovados pelo governo, como fundos de direitos da criança e do adolescente, fundos do idoso, projetos culturais (Lei Rouanet), projetos esportivos (Lei de Incentivo ao Esporte) e programas de apoio à atividade audiovisual. Essa é uma forma de direcionar parte do imposto que você já pagaria para causas sociais de sua escolha.
Existem duas formas de fazer essas doações: durante o ano-calendário (até 31 de dezembro) ou diretamente na declaração do IR (até o último dia do prazo de entrega). As doações feitas durante o ano podem ser deduzidas tanto no ajuste anual quanto no carnê-leão (para quem tem rendimentos variáveis). É uma excelente forma de contribuir para a sociedade sem custo adicional, já que o valor seria pago em impostos de qualquer forma.
Declaração Completa vs Simplificada
Na hora de fazer a declaração anual, você pode escolher entre o modelo completo (com todas as deduções detalhadas) ou o simplificado (com desconto padrão de 20% da renda tributável, limitado a R$ 16.754,34 em 2025). A Receita Federal calcula automaticamente qual modelo é mais vantajoso para você, mas é importante entender a diferença.
Geralmente, a declaração completa é mais vantajosa para quem tem muitas despesas dedutíveis (saúde, educação, previdência privada, etc.) ou muitos dependentes. Já a simplificada costuma ser melhor para quem tem poucas despesas dedutíveis ou não guardou todos os comprovantes. Faça simulações com ambos os modelos antes de decidir, ou consulte um contador para orientação personalizada.
Perguntas Frequentes
Quem é obrigado a declarar Imposto de Renda?
Em 2025, é obrigado a declarar quem: recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 no ano (cerca de R$ 2.553 por mês); recebeu rendimentos isentos acima de R$ 200.000; teve ganho de capital na venda de bens; realizou operações na bolsa de valores; tinha patrimônio acima de R$ 800.000 em 31 de dezembro; obteve receita bruta anual acima de R$ 153.199,50 em atividade rural; ou passou à condição de residente no Brasil. Mesmo quem não se enquadra nessas condições pode fazer a declaração se tiver imposto a restituir.
O que acontece se eu não declarar o Imposto de Renda?
Deixar de entregar a declaração quando obrigado resulta em multa mínima de R$ 165,74, podendo chegar a 20% do imposto devido. Além disso, você fica com o CPF irregular, o que impede a emissão de passaporte, obtenção de empréstimos, abertura de contas bancárias, participação em concursos públicos, entre outras restrições. A Receita Federal pode ainda cobrar o imposto devido com juros e multa de mora, e em casos graves, caracterizar sonegação fiscal, que é crime.
Como funciona a restituição do Imposto de Renda?
A restituição ocorre quando você pagou mais imposto durante o ano do que deveria. Isso pode acontecer por diversos motivos: você teve despesas dedutíveis que não foram consideradas no desconto mensal, teve rendimentos variáveis que resultaram em retenção excessiva, ou mudou de emprego e teve retenção duplicada. A Receita Federal devolve esse valor em lotes mensais, de maio a setembro, priorizando idosos, pessoas com deficiência, professores e quem entregou a declaração mais cedo.
Posso incluir meu cônjuge como dependente?
Sim, você pode incluir seu cônjuge ou companheiro(a) como dependente, desde que ele(a) não tenha rendimentos próprios significativos ou opte por fazer declaração em separado. Ao incluir o cônjuge como dependente, você pode deduzir R$ 189,59 por mês da base de cálculo, mas deve declarar todos os rendimentos e bens dele(a) na sua declaração. É importante fazer simulações para ver se compensa mais fazer declaração conjunta ou separada, especialmente se ambos têm rendimentos altos.
Investimentos em ações e fundos são tributados?
Sim, mas de forma diferente do salário. Ganhos com venda de ações têm alíquotas de 15% a 20% conforme o valor, com isenção para vendas até R$ 20.000 por mês (exceto day trade). Dividendos recebidos são isentos de IR. Fundos de investimento são tributados na fonte conforme o tipo: fundos de curto prazo (22,5% a 15%), fundos de longo prazo (22,5% a 15%), e fundos de ações (15% apenas no resgate). É importante declarar todos os investimentos e operações, mesmo os isentos, para evitar problemas com a Receita Federal.